quarta-feira, 7 de setembro de 2011

[ 11 ]

   ...Depois que ela caiu, eu fui até o corpo dela e dei uma cutucada com o pé. Morreu mesmo, disse a mim mesmo. Olhei para o resto do quarto pra procurar alguma chave dos carros da garagem, procurei em uma cômoda mais pro canto, encontrei um chaveiro com uma chave e o aparelho do alarme em uma caixa de jóias. Foi muita sorte eu achar essa chave de primeira, mas minha sorte estava brincando comigo porque logo quando eu ia sair do quarto, ouvi um barulho de vidro quebrando na cozinha. Dei uma olhada na arma e notei que não tinha mais balas, gastei tudo na minha tia morta e o resto das balas estavam na minha casa. Lembrei da faca na minha mochila, mas eu olhei pro meu sobrinho que tinha uma faca cravada na cabeça. Fui até o pequeno corpo e peguei na faca e tentei puxar mas não consegui tirar, quando notei uma presença na porta, era o meu tio, ali parado com o pescoço de lado e aquele olhar demoníaco, ele deu um berro muito assustador e veio pra cima de mim e a única reação que eu tive foi pisar na cabeça do meu sobrinho no chão(que por sinal destruí o crânio dele)e puxei a faca. Me levantei e fui pra cima do meu tio, mas, antes do meu golpe o zumbi agarrou meu braço e tentou me morder, eu fiquei ali lutando pra me soltar dele. Naquela luta, no desespero eu consegui cravar a faca no pescoço dele que fez jorrar muito sangue podre em minhas mãos e camisa, foi quando ele me soltou e eu dei um passo pra trás e mirei no olho dele, foi um golpe só, acertei bem no olho esquerdo dele e fiz mais uma força pra faca entrar inteira na cabeça.

 Larguei a faca e o zumbi parecia estar desorientado, ele babou muito sangue e caiu duro pra trás, bem na porta do quarto. Ofegante, eu escorei na parede e respirei, porque esses zumbis possuem uma força muito grande.
   Depois do susto, eu estava fedendo com aquele cheiro de sangue podre e escurecido. Saí do quarto passando por cima do corpo do meu tio e fui em direção ao banheiro. Lá no banheiro eu olhei pro espelho e pensei no que me espera no mundo lá fora e as dificuldades que virão e que eu não podia fraquejar e nem dar mole senão viraria comida de zumbi.

 Lavei as mãos e tirei a camisa de cima que estava imunda de sangue.
     Saindo do banheiro...
(continua...)
  

Um comentário: