terça-feira, 11 de outubro de 2011

[ 16 ]

...
   Eu continuei correndo com o carro a caminho do batalhão da polícia. O trajeto estava tranquilo com poucos zumbis nas ruas. Chegando perto e virando a esquina que dava pra rua da delegacia eu vi alguns carros batidos da polícia e  também carros de passeio. Notei que a entrada principal estava bloqueada por carros batidos. Parei o carro no meio da rua e fiquei ali parado por alguns instantes pra esperar alguma movimentação positiva (ou negativa).
   Não vendo nada de anormal, além do fato da cidade estar infestada de zumbis, eu saí do carro e carreguei minha arma e fui na direção a um dos portões que estava bloqueado e subi em um carro da polícia que estava na frente. De cima do carro eu olhei pra dentro do veículo e notei que tinha uma escopeta caída no chão do carro. Pela própria janela no carro eu estiquei o braço e fui tentar pegar a arma. Quando eu estava quase perto da arma senti algo pegando em minha perna direta e puxando com força. Desesperado eu virei rapidamente e apontei a arma pra uma garota que estava ali parada. A mulher estava com uma aparência saudável. Ela era morena, estatura mediana e tinha alguns piercings e tatuagens, mas, estava com as roupas sujas de sangue e barro. Tremendo ela me olhou e fez um sinal pra eu fazer silêncio apontando para o fim da avenida. Quando eu olhei, vi uma horda de zumbis transitando lentamente pela rua, mas ainda estavam bem longe. A garota estava em choque. Eu peguei na mão dela e a puxei pra cima do carro que eu estava, a ajudei a pular o portão da delegacia e pulei logo em seguida. Perguntei o nome da garota, ela disse que era Daniela.
   Pedi pra Daniela andar atrás de mim e fomos andando com cuidado pelo jardim da delegacia...
(continua...)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

[ 15 ]

No desespero...
... Eu corri pra bomba de gasolina, que por sorte havia gasolina, e coloquei no carro pra deixar abastecendo. Peguei o pé-de-cabra na traseira do carro e esperei os zumbis chegar mais perto pra sempre proteger o perímetro do posto, porque não podia deixar minhas coisas pra trás. Eram quatorze zumbis no total. Todos pareciam recém transformados e um deles parecia que estava em decomposição, havia homens, mulheres e duas crianças.

 O que chegou primeiro em mim foi um zumbi que parecia ser jovem, e eu acertei a cabeça dele com o pé-de-cabra fazendo com que ela caísse pra trás. O segundo zumbi era uma das crianças, uma menina que estava com um vestido de festa, dei um chute no meio do rosto dela fazendo com que ela também caísse. Notei que os zumbis mais jovens eram mais velozes. Olhei para o zumbi que estava em decomposição e mirei minha arma pra cara dele e fiz um disparo que não acertou diretamente o cérebro, pegou mais em baixo fazendo o maxilar dele se descolar da cabeça, cravei o pé-de-cabra na cabeça de uma mulher zumbi que estava perto e atirei novamente contra a cabeça do tal zumbi ‘‘boladão’’, acertando em cheio sua testa fazendo jorrar sangue a metros de distância. Recolhi o pé de cabra do zumbi no chão e continuei lutando com eles até eu perceber que a gasolina estava transbordando do tanque do carro. Disparei o ultimo tiro que eu tinha na arma contra o ombro de um garotinho ’’zumbizinho’’. Corri para o carro e dei um empurrão em um zumbi que estava perto do carro e entrei. Fechei os vidros e liguei o carro pensando:_’’Liga seu maldito carro, não vá fazer que nem nos filmes’’. A sorte minha era que não era um filme e o carro ligou de primeira, acelerei o carro, derrapando de um jeito que eu nunca tinha feito na minha vida ...

(continua...)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

[ 14 ]

   Com tudo pronto pra partir e talvez nunca mais voltar, eu desci as escadas da minha casa, retirei a cadeira que segurava a porta e a abri. Saindo na calçada eu notei que os zumbis que estavam no fim da rua estavam descendo. Precisava ser rápido ao sair com o carro da garagem. Fui abrindo o portão da garagem da minha tia e olhando pra dentro pra ver se não havia nenhum zumbi perto pra me atacar. Fechei o atrás de mim e fui subindo a rampa que levava aos carros. O corpo do zumbi gordo ainda estava lá imóvel, terminei de subir e fui até o carro que eu tinha a chave. Tudo estava calmo lá dentro do quintal mas eu ainda tinha que abrir o portão com aqueles zumbis na rua. Coloquei a mochila no banco carona e liguei o carro, deixei engatado pra sair e corri pra abrir o portão. Abri o portão e olhei pra rua, aqueles zumbis estavam bem perto da casa e eu tive a ligeira impressão que eles me viram. Corri para o carro novamente e acelerei com tudo, atropelando o gordo no chão que fez um barulho de saco de carne podre estourando. Quando virei e cheguei na direção do portão, os zumbis que estavam na rua estavam subindo a rampa. Olhei pra trás e vi que tinha espaço pra dar ré, andei com o carro um pouco pra trás e pisei fundo no acelerador, com a velocidade que estava eu atropelei os três zumbis que estavam na frente fazendo com que eles voassem bem longe. Um deles se espatifou no pára-brisa fazendo com que rachasse. Já na rua, eu terminei de quebrar o vidro e segui o meu caminho deixando pra trás o meu passado e pronto pra enfrentar esse cruel futuro.
     Peguei o caminho mais curto pra delegacia e tudo que eu via no caminho era destruição, gente morta no chão, zumbis caminhando pra lá e pra cá.

 Parecia que o governo, exército, polícia, todos tinham nos abandonado ali para morrer.

 Eu ia passando perto de um posto de gasolina no bairro Retiro e decidi tentar abastecer. Parei perto de uma das bombas, olhei o movimento pra ver se não tinha nenhum zumbi por ali e saí do carro. Fiquei muito curioso em ver a porta de vidro da loja de conveniência aberta. Fui andando bem devagar com a minha arma na mão em direção da porta de vidro. Chegando perto eu consegui ver uma pessoa de quatro no chão, quando eu ia chamar pra ver se estava tudo bem eu consegui ver o que se tratava. Era um zumbi comendo um corpo de uma pessoa ali dentro da loja. Foi assustador. Fui andando pra trás e chutei uma maldita lata de óleo vazia, fazendo um barulho irritante de metal.

 O zumbi lá dentro ouviu o barulho e foi se levantando. Eu me desesperei e me escondi atrás de um barril que tinha perto da porta. O zumbi saiu com aquela a aparência podre e fétida pela porta e foi andando em direção ao meu carro. Eu me levantei muito decidido em acabar com aquele ‘‘cara’’,peguei minha faca e fui quase agachado pelas costas do nojento, preparei o meu golpe que ia ser bem na cabeça, mas a minha falta de prática fez com que eu errasse o centro da cabeça e acertasse o pescoço dele. _‘‘BOSTA!’’(eu disse na hora). A faca ficou cravada nele que se virou e olhou pra mim com aquele olhar de fome e ódio. Quando ele veio andando na minha direção eu olhei para os lados e vi que haviam outros zumbis vindo na direção do posto de gasolina. Um total de talvez uns quinze. Pensei comigo mesmo _’’AGORA FUDEU!’’. Peguei minha arma, mirei na testa do desgraçado que estava na minha frente e dei um disparo que fez com que os miolos do zumbi fossem parar no meio da rua.
    No desespero...
(continua...)  
...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

[ 13 ]

...
Entrei no carro e o liguei pra ver o nível de gasolina, que estava quase acabando. Pensei em passar em algum posto de gasolina no caminh pro DP, desliguei o carro e saí. No quintal eu fiquei curioso em ver se o braço era da minha prima mesmo. Eu estava chocado com aquilo tudo, porque a pouco tempo atrás eu vi todo mundo bem ali. Fui em direção a porta da casa da minha prima e só cheguei com o rosto na entrada. O que eu vi foi uma cena muito perturbadora, minha prima estava no chão d sala com o rosto todo desfigurado e sem um dos braços. Aquilo foi muito chocante naquele momento mas já estava me acostumando de ver esse tipo de chacina. O cheiro de podre estava muito forte ali naquela casa e eu saí dali muito enjoado. Eu ainda tinha algumas coisas pra pegar na minha casa antes de sair, e eu também estava com muita fome e curioso pra saber o que estava passando na tv. Fui até o portão da garagem e o abri devagar e olhando para os lados porque nunca se sabe quando uma daquelas criaturas pode atacar. Fechei o portão e fui até o portão da minha casa, olhei para o fim da rua e vi alguns zumbis(uns 4)parados perto de uma casa bem longe. Não fiquei muito ali na calçada não ‘‘porque não queria dar mole pra zumbi né’’. Abri o portão da minha casa entrei e coloquei a cadeira na porta. Já lá em cima, eu preparei algo pra comer e sentei na frente da tv pra ver se havia alguma novidade, e nada, parece que estava todos os canais fora do ar. Depois de comer e arrumar tudo, carreguei a minha arma e coloquei as outras balas na mochila. Pensei que seria um caminho fácil por que a delegacia era bem perto da minha casa.
(continua...)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

[ 12 ]

  ... Eu passei novamente por cima do corpo do meu tio e fui em direção a cozinha muito apreensivo. Quando eu estava passando perto da mesa que estava tombada no chão a eu ouvi um som de algo borbulhando atrás da mesa. Fui verificar porque quando eu passei por ali a primeira vez nem fui verificar todos os cantos.

 Quando olhei, tomei um susto porque era a minha Avó de oitenta e poucos anos deitada de barriga pra cima soltando sangue pela boca como se tivesse engasgada, ela tossia muito que chegava a jorrar sangue bem alto.

 Eu percebi umas feridas em seu braço e pescoço parecidas com mordidas, tentei não pensar em nada só estava querendo acabar com o seu sofrimento, olhei para o pé da mesa que era de madeira e o quebrei para utilizar como bastão. Eu nem esperei ela querer vir tentar me morder, fechei os olhos por um segundo e depois olhei pra ela, com muita força e fúria eu dei um golpe com o bastão na cabeça da minha Avó que rachou sua cabeça, espalhando miolos por todo o chão da cozinha.

 Naquela hora eu já estava conformado que teria que fazer esse tipo de coisa a todo momento depois daquele dia.
    Com o bastão em uma das mãos e com um pouco de raiva eu saí da casa indo em direção a garagem. Quando eu cheguei perto dos carros eu apertei o aparelho do alarme pra saber qual carro eu ia pegar. Apertei, a Saveiro do meu tio deu o sinal sonoro. Comemorei com um breve sorriso que durou apenas até eu ouvir a porta da casa da minha prima abrir com muita força. E eis que surge lá de dentro o marido gordo e nojento da minha prima com um braço decapitado em uma das mãos, e a boca cheia de sangue. Ele largou o braço que devia estar devorando, que certamente era da minha prima, fez um barulho muito estranho e veio andando pro meu lado. Dei uma olhada na parte traseira do carro e acho um pé de cabra, joguei o bastão no zumbi que parecia não sentir dor e segurei firme o pé de cabra. Tentei não ter medo daquela situação, mas tava difícil com aquele zumbi gordo vindo pro meu lado. Eu corri pra cima dele, armei meu ataque e dei um golpe certeiro na cabeça daquele miserável. Na hora eu ouvi o som na cabeça dele se espatifar por dentro. Ele caiu igual um ‘‘saco de bosta’’ fétida no chão. Eu ainda fiquei esperando parado perto do corpo pra ver se ele levantava, em vão, porque o zumbi gordo não se mexia mais. Respirei aliviado e fui ligar o carro ...
(continua...) 

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

[ 11 ]

   ...Depois que ela caiu, eu fui até o corpo dela e dei uma cutucada com o pé. Morreu mesmo, disse a mim mesmo. Olhei para o resto do quarto pra procurar alguma chave dos carros da garagem, procurei em uma cômoda mais pro canto, encontrei um chaveiro com uma chave e o aparelho do alarme em uma caixa de jóias. Foi muita sorte eu achar essa chave de primeira, mas minha sorte estava brincando comigo porque logo quando eu ia sair do quarto, ouvi um barulho de vidro quebrando na cozinha. Dei uma olhada na arma e notei que não tinha mais balas, gastei tudo na minha tia morta e o resto das balas estavam na minha casa. Lembrei da faca na minha mochila, mas eu olhei pro meu sobrinho que tinha uma faca cravada na cabeça. Fui até o pequeno corpo e peguei na faca e tentei puxar mas não consegui tirar, quando notei uma presença na porta, era o meu tio, ali parado com o pescoço de lado e aquele olhar demoníaco, ele deu um berro muito assustador e veio pra cima de mim e a única reação que eu tive foi pisar na cabeça do meu sobrinho no chão(que por sinal destruí o crânio dele)e puxei a faca. Me levantei e fui pra cima do meu tio, mas, antes do meu golpe o zumbi agarrou meu braço e tentou me morder, eu fiquei ali lutando pra me soltar dele. Naquela luta, no desespero eu consegui cravar a faca no pescoço dele que fez jorrar muito sangue podre em minhas mãos e camisa, foi quando ele me soltou e eu dei um passo pra trás e mirei no olho dele, foi um golpe só, acertei bem no olho esquerdo dele e fiz mais uma força pra faca entrar inteira na cabeça.

 Larguei a faca e o zumbi parecia estar desorientado, ele babou muito sangue e caiu duro pra trás, bem na porta do quarto. Ofegante, eu escorei na parede e respirei, porque esses zumbis possuem uma força muito grande.
   Depois do susto, eu estava fedendo com aquele cheiro de sangue podre e escurecido. Saí do quarto passando por cima do corpo do meu tio e fui em direção ao banheiro. Lá no banheiro eu olhei pro espelho e pensei no que me espera no mundo lá fora e as dificuldades que virão e que eu não podia fraquejar e nem dar mole senão viraria comida de zumbi.

 Lavei as mãos e tirei a camisa de cima que estava imunda de sangue.
     Saindo do banheiro...
(continua...)
  

domingo, 4 de setembro de 2011

[ 10 ]


...
   Notei uma mancha de cor vermelha escura como se algo tivesse se arrastado por ali que começava no portão e essa mancha subia uma rampinha e fazia a curva pra casa da minha prima que também morava no mesmo quintal. Não me liguei muito naquilo, e segui em frente, fui ao primeiro carro olhei pela janela e não tinha a chave, fui ver o segundo e com muito cuidado olhei pela janela e nada de chave naquele também. Eu notei que as janelas estavam fechadas e portas também, tive a esperança que ainda tivesse alguém vivo dentro da casa da minha tia. Fui andando em direção a primeira janela da casa, tentei olhar pra dentro, mas, as cortinas estavam fechadas fui andando em direção a porta, ela estava encostada, entrei na casa e fui andando e vi a mesa da cozinha tombada, na mesma hora pensei que algo muito horrível aconteceu ali. Fui andando em direção aos quartos que também havia um rastro de sangue no piso que ia até a porta do quarto da minha tia. Fui chegando perto da porta e lá dentro estava no Chão o corpo da minha tia todo ensangüentado e comido e no outro canto o corpo do meu primo de sete anos com uma faca de cozinha cravada na cabeça. Na hora fiquei muito chocado com a cena e cheguei bem perto,  mas nem deu tempo de lamentar, por que o corpo da minha tia estava começando a se mexer, parecia um ataque epilético, ela fazia um ruído estranho como se quisesse gritar. Eu fui até o corpo dela e dizia pra ela se acalmar sem saber se ela tava viva ou morta. Foi quando reparei nos olhos dela, vi que estava todo fosco e acinzentado.

 Fiquei de pé dei uns passos pra traz e apontei minha arma e lembrei do que aquele homem da padaria me disse sobre qualquer pessoa infectada tem que ser eliminada. Nesse momento ela se levantou lentamente, olhou pra mim por um tempo, e eu me afastei mais uns passos, quando ela deu um grunhido feroz e partiu pra cima de mim. Não pensei duas vezes, fiz 5 disparos pra cima dela e ela caiu sobre a cama se retorcendo, mais não foi o suficiente, ela foi se levantando novamente. A única coisa que estava na minha cabeça era ‘‘DESTRUA O CÉREBRO’’. Dei mais um disparo no meio da cara dela que destruiu todo seu rosto. E ela caiu com força no chão e não se mexia mais.

  Uau!! Matei minha tia. Foi até fácil, eu mão gostava muito dela mesmo.
(continua...)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

[ 9 ]


 ...
     Subi as escadas da minha casa ainda ofegante e tentei usar o telefone pra ligar pra alguns familiares, mas em vão porque estava mudo, fui até a cozinha bebi umas goladas de água. Olhei pra pia e tinha uma faca,

 peguei e guardei na mochila. Ainda tremendo eu parei pra pensar que aquilo tudo é mesmo real e eu não podia ficar daquele jeito, com medo. Fiquei pensando no que o dono da padaria me disse e que tinha que realmente dar um jeito de me defender daqueles monstros. O primeiro lugar que eu pensei foi a delegacia mais próxima, arrumei minha mochila e separei outra bolsa com mantimentos para fazer uma exploração na cidade, procurar armas e pessoas.

 Coloquei minha arma na cintura olhei na janela pra ver se não tinha nenhum zumbi e fui descendo as escadas. Retirei a cadeira da porta e abri bem decidido em lutar com qualquer zumbi que aparecesse.
 Saí na calçada e lembrei que meu tio que morava na casa de baixo tinha 3 carros, pensei: ‘‘É aqui mesmo que eu vou entrar’’. Abrindo o portão...
(continua...)

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

[ 8 ]

  ...
   Já em cima da loja, eu cheguei na beirada do telhado e vi dezenas de zumbis entrando na padaria. Eu fiquei um pouco triste pelo dono da padaria, mas não podia perder a razão. Tentei fazer o máximo de silêncio para pular para casa do vizinho da padaria e notei que o meu braço esquerdo ainda estava sensível por causa da lesão.  
    No quintal do lado da padaria eu fui andando com cuidado, por que o muro era daqueles que é metade concreto e metade grade, fui abaixado encostado no muro até o portão logo adiante. O meu coração estava a mil naquele momento porque eu sabia o que os zumbis fariam comigo se me vissem. Bem devagar eu abri o portão e olhei pra fora, os zumbis estavam ‘‘distraídos’’, foi então que ouvi um barulho estranho vindo de dentro do quintal, quando olhei notei que tinha um cão da raça Fila vindo bem devagar na minha direção. Seus olhos, nunca vou me esquecer daqueles olhos, o cão parecia estar infectado também. Naquele momento eu pensei em gritar, mas algo dentro de mim fez com que eu pensasse no que aquele homem da padaria me disse, e eu me calei. Eu no desespero fechei o portão com o cão lá dentro e caí pra traz. Para o meu azar os zumbis que estavam fora da padaria me ouviram e olharam pra mim.

 A adrenalina subiu de um jeito que minhas pernas tremiam e minha única reação foi levantar e com muito esforço correr. Corri de um jeito que eu nunca tinha corrido na minha vida, dobrei a esquina e subi a rua e fui direto pra minha casa. A minha sorte é que esses malditos zumbis são lerdos e não puderam me seguir. Peguei minha chave e abri aporta, entrei muito assustado e já peguei uma cadeira pra tentar segurar a porta da escada. E ainda paralisado me sentei na escada alguns minutos pra tentar ‘‘cair a ficha’’ daquilo tudo.
(continua...) 

terça-feira, 30 de agosto de 2011

[ 7 ]

...
   Resolvi Descer uma outra rua só pra dar uma checada, ver se tinha alguém. Chegando na rua de baixo, ouvi barulhos de tiro mais a frente. Pueguei minha arma e calmamente fui seguindo em frente. Os sons vinham da padaria da esquina. Era o dono da padaria espantando 3 pessoas da porta da padaria. Corri pra lá, chegando perto da padaria vi o que realmente estava acontecendo. O dono da padaria estava atirando pra cima deles, 3 zumbis furiosos que estavam na rua. Foi estranho ver aquele homem daquele jeito, a fúria em seus olhos, aquele avental cheio de sangue. Ele me viu e apontou a arma pra mim e gritou: _’’Morre zumbi desgraçado!’’Só deu tempo de dizer: _’’Não!Não atire, eu estou bem!!’’
    Ele então disse pra eu entrar correndo eu sem pensar entrei na padaria muito assustado, e ele fechou a porta de aço. Lá dentro eu estava desesperado ainda com o choque de ver aqueles zumbis levando aqueles tiros e não caindo. O dono da padaria me mandou calar a boca e me explicou que, esses zumbis sentem nosso cheiro e nos ouvem e a pessoa que for mordida por um desses infectado também se transforma em um deles, não importa se for sua mãe, seu pai, ou qualquer pessoa que você conheça e a única maneira de matar de vez esses zumbis é destruindo o cérebro deles, porque essa contaminação ativa o sistema nervoso dando-lhes a capacidade instintiva apenas de se alimentar para manter seu corpo vivo.
    Foi muito bom saber disso e vai ser muito útil! Agente ficou alguns minutos conversando sobre família e tudo mais e algum tempo depois ouvimos barulho de fora. Zumbis batendo em todas as portas da loja. O dono da padaria disse pra eu pegar os mantimentos que precisar e dar um fora dali por uma saída pelo teto da cozinha da padaria que saia no telhado. Ele disse que queria ficar lá dentro por que achava seguro.Peguei alguns alimentos e entrei na cozinha e não acreditei no que vi:

 Duas mulheres e um homem que trabalhavam na padaria caídos no chão com marcas de tiros e mordidas, o cheiro de carniça estava forte de mais e eu abaixei e vomitei ali mesmo de tanto nojo que deu. Até que um barulho me assustou e eu voltei pra ver, era os zumbis quebrando a porta e invadindo a padaria e atacando o dono da loja sem piedade. Ele tentou se esquivar e se defender mas não adiantou, ele gritava de uma maneira muito assustadora de dor e agonia.  Eu corri como um louco e subi em um forno e abri a saída do telhado...
(continua...)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

[ 6 ]

  ...
  Depois de verificar tudo que eu tinha em casa de comida / suprimentos a possíveis armas. Eu decidi que ia passar na casa de alguns amigos e familiares para tentar leva-los embora da cidade. Na mesma noite arrumei minhas coisas. Peguei o revolver 38 que era do meu pai que ficava escondido no armário que só tinha 6 balas e fiquei de prontidão na janela da minha casa esperando amanhecer.

 Estava uma confusão a minha rua, tinha carros abandonados, casas abertas e na frente da minha casa tinha um carrinho de bebê tombado. Foi um pouco perturbador. O único movimento que eu vi foi de uns moradores das casas vizinhas descendo a rua correndo com bolsas e mochilas. Essa cena foi um alívio pra mim, saber que ainda tinha gente saudável por aí. (lembrando que minha casa era no 2º andar)Fechei a janela e sentei no sofá pra esperar nascer o sol.  
   Já amanhecendo eu me peguei cochilando no sofá. Não demorou muito eu ouvi um barulho na rua e fui conferir.

 (UAU!) Tinha um homem andando na minha rua bem devagar. Mas quando foi passando em frente minha casa eu vi que não se tratava de um homem. Foi medonho ver um morto andando todo cheio de sangue ali na minha frente. Eu fiquei ali escondido até o zumbi passar. Foi o momento mais tenso da minha vida. (e garanto que ainda virão vários momentos tensos pela frente)
  De manhã umas 8 horas foi o primeiro dia que eu ia sair na rua depois do acidente. Peguei minha arma e uma mochila com água e desci minha escada,abri meu portão bem devagar e com muito cuidado. Saí na calçada e olhei para os dois lados. Notei que não havia nenhum barulho na rua, tudo deserto, todos os vizinhos foram embora ou escondidos. Subi em direção a casa do meu amigo Luciano. No caminho não vi nada de anormal fora o clima de cidade fantasma. Em frente da casa dele eu chamei algumas vezes e nada, niguém deu sinal de vida. Ele já deve ter ido embora desse inferno.
(continua...)

domingo, 28 de agosto de 2011

[ 5 ]

 Ainda chocado,eu fiquei atento nas notícias mas apenas dois dias depois veio outro informe pela tv:  '' Atenção moradores de Volta Redonda e região, período de evacuação imediata da cidade seguida de quarentena. Saiam de suas casas e procurem uma rota de fuga mais próxima, o exército estará encaminhando os sobreviventes aos abrigos e por favor, evitem o subterrâneo ’’. Eu não acreditei na hora, eu não queria ir embora.

      Tranquei minha casa toda e fiquei escondido  sozinho esperando uma outra notícia. Foi um longo período de espera e aflição. Até que vi imagens na tv muitas horas depois. Mortos vivos andando nas ruas em centenas, tudo destruído, carros abandonados, saídas da cidade sendo atacadas por esses ‘’zumbis’’. Naquele momento vi que não se tratava de uma doença desconhecida, e sim, na teoria um vírus que seria capaz de reviver os mortos. Na hora eu pensei em sair correndo e fugir, mas pensei bem em um plano para sobreviver...
(continua...)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

[ 4 ]

...

   Se Passaram mais dois dias e o meu braço já estava melhor, tirei o gesso em casa mesmo. Os mantimentos estavam acabando e eu estava assustado em casa sem saber o que fazer e o que pensar por 20 longos dias. Até que na tv (isso era de manhã) vi uma noticia que mudou minha vida. Um repórter ao vivo estava mostrando imagens do IML onde os corpos dos cientistas mortos estavam pra fazer pesquisas. O lugar estava todo revirado, cheio de sangue pra todo lado e corpos de policiais espalhados pelo chão. Foi assustador e perturbador.

      Um funcionário do IML que foi testemunha de tudo, disse que estava limpando o local quando viu um dos mortos se retorcendo caído no chão e chamou os policias que estava do lado de fora, quando os policias chegaram todos os mortos estavam se mexendo e levantando, mataram os policiais e pessoas que trabalhavam no local. Ele estava contando desesperado ao vivo, quando houve um barulho de carro batendo e um homem enfurecido atacou o repórter e o mordeu. O câmera correu um pouco, mas logo foi atacado por outro homem que o matou ao vivo, respingou até sangue na camera. E eu vi aquilo tudo. ''Foi chocante e aterrorizante.''
    Fiquei ali em frente a tv por alguns minutos sem saber o que pensar com aquela cena na cabeça.
(continua...)

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

[ 3 ]


...E me envolvi em um dos acidentes que tinha acontecido. Bati com muita violência em outro carro, com o choque bati a cabeça e desmaiei.
  Acordei dois dias depois em um hospital da Vila e não podia me levantar da cama por causa da pancada na cabeça, e ainda por cima estava com gesso no braço esquerdo,acho que quebrei, mas o resto do corpo estava normal com apenas alguns arranhões.
   Algumas pessoas também deram entrada naquele hospital no mesmo dia por causa dos acidentes e da explosão. Estava um caos. Todo mundo machucado, sangrando nos corredores de todos hospitais. Na tv diziam sobre um acidente nos tanques de gás da IDM(Industria de Metal)que causou a grande explosão.As mais desinformadas línguas diziam que era terrorismo. (vê se pode)Nada confirmado.
    Já tive alta do hospital, mas tinha q ficar de repouso 15 dias pra sarar o braço.
Bom pra descansar e tal, mas ruín porque vou deixar de tatuar por 15 dias.
    Moro na casa onde meus pais moravam. Meu pai morreu de câncer á pouco tempo e minha mãe que tinha problema de coração não agüentou e morreu também alguns dias depois.
    A vila tava toda isolada com risco de contaminação por alguma substância. Até então eu nem imaginava o que estava por vir.
      Passei meus dias em casa vendo filmes e descansando. No décimo dia que tava em casa, tive uma noticia alarmante pela tv:
_''Atenção moradores de Volta Redonda e região! Período de quarentena total. Não saiam de suas casas, tranquem tudo. Risco de contaminação eminente...''
  (UAU!) Isso me assustou muito. Ainda bem que eu estava longe da Vila.(pensei)
   E aos poucos fomos sabendo do que se tratava.

(passando na tv)’’_Cientistas dos laboratórios da IDM estavam trabalhando em um novo gás combustível mais  barato, econômico e mais eficiente. Um descuido causou esse acidente tão mortal. Misturaram um elemento proibido para formularem a experiência com mais rapidez e sucesso. Mas a dosagem desse elemento foi superior ao permitido. Depois da mistura, colocaram esse gás em uma temperatura muito alta, daí então houve a explosão. Que comprometeu os tanques e esse gás , BASE como é chamado, vazou e se misturou com o ar poluído de Volta Redonda, transformando-se em uma toxina mortal e devastadora chamada BASE-M (BASE=gás base+M=mortal). Esse gás se dissipou em poucos segundos. Mas foi o suficiente pra matar na hora por envenenamento 7 cientistas. As outras pessoas que morreram foram pelo efeito da explosão e dos acidentes fora da usina. ’’
(continua...)



quarta-feira, 24 de agosto de 2011

[ 2 ]





12 de janeiro de 2019
  Estava de folga nesse dia não tinha tattoo nenhuma marcada. Eu tinha que dar uma ida na Vila pra resolver umas coisas.
Eu estava indo embora do shopping descendo o estacionamento com meu carro quando ouvi um barulho muito forte de explosão vindo da IDM(industria de metal). Assustado eu não parei no sinal e...
(continua...)

[ 1 ]






Eu ainda estou vivo...

Estou a vários dias sobrevivendo aos ataques desses malditos zumbis.Estou exausto.Munição eu tenho bastante, meus amigos morreram.Só restou eu e um pouco de sorte.O policial Pedro foi buscar um carro ,mas talvez não volte...
    Ah! Me desculpe, deixa eu me apresentar. Meu nome é Rick, nascido e criado aqui em Volta Redonda onde era um lugar bom de se viver até o dia que tudo aconteceu.
   Essa história é um pouco longa, mas vou tendar contar com o maximo de detalhes(se a bateria do computador não acabar)...