quarta-feira, 31 de agosto de 2011

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  ...
   Já em cima da loja, eu cheguei na beirada do telhado e vi dezenas de zumbis entrando na padaria. Eu fiquei um pouco triste pelo dono da padaria, mas não podia perder a razão. Tentei fazer o máximo de silêncio para pular para casa do vizinho da padaria e notei que o meu braço esquerdo ainda estava sensível por causa da lesão.  
    No quintal do lado da padaria eu fui andando com cuidado, por que o muro era daqueles que é metade concreto e metade grade, fui abaixado encostado no muro até o portão logo adiante. O meu coração estava a mil naquele momento porque eu sabia o que os zumbis fariam comigo se me vissem. Bem devagar eu abri o portão e olhei pra fora, os zumbis estavam ‘‘distraídos’’, foi então que ouvi um barulho estranho vindo de dentro do quintal, quando olhei notei que tinha um cão da raça Fila vindo bem devagar na minha direção. Seus olhos, nunca vou me esquecer daqueles olhos, o cão parecia estar infectado também. Naquele momento eu pensei em gritar, mas algo dentro de mim fez com que eu pensasse no que aquele homem da padaria me disse, e eu me calei. Eu no desespero fechei o portão com o cão lá dentro e caí pra traz. Para o meu azar os zumbis que estavam fora da padaria me ouviram e olharam pra mim.

 A adrenalina subiu de um jeito que minhas pernas tremiam e minha única reação foi levantar e com muito esforço correr. Corri de um jeito que eu nunca tinha corrido na minha vida, dobrei a esquina e subi a rua e fui direto pra minha casa. A minha sorte é que esses malditos zumbis são lerdos e não puderam me seguir. Peguei minha chave e abri aporta, entrei muito assustado e já peguei uma cadeira pra tentar segurar a porta da escada. E ainda paralisado me sentei na escada alguns minutos pra tentar ‘‘cair a ficha’’ daquilo tudo.
(continua...) 

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