terça-feira, 11 de outubro de 2011

[ 16 ]

...
   Eu continuei correndo com o carro a caminho do batalhão da polícia. O trajeto estava tranquilo com poucos zumbis nas ruas. Chegando perto e virando a esquina que dava pra rua da delegacia eu vi alguns carros batidos da polícia e  também carros de passeio. Notei que a entrada principal estava bloqueada por carros batidos. Parei o carro no meio da rua e fiquei ali parado por alguns instantes pra esperar alguma movimentação positiva (ou negativa).
   Não vendo nada de anormal, além do fato da cidade estar infestada de zumbis, eu saí do carro e carreguei minha arma e fui na direção a um dos portões que estava bloqueado e subi em um carro da polícia que estava na frente. De cima do carro eu olhei pra dentro do veículo e notei que tinha uma escopeta caída no chão do carro. Pela própria janela no carro eu estiquei o braço e fui tentar pegar a arma. Quando eu estava quase perto da arma senti algo pegando em minha perna direta e puxando com força. Desesperado eu virei rapidamente e apontei a arma pra uma garota que estava ali parada. A mulher estava com uma aparência saudável. Ela era morena, estatura mediana e tinha alguns piercings e tatuagens, mas, estava com as roupas sujas de sangue e barro. Tremendo ela me olhou e fez um sinal pra eu fazer silêncio apontando para o fim da avenida. Quando eu olhei, vi uma horda de zumbis transitando lentamente pela rua, mas ainda estavam bem longe. A garota estava em choque. Eu peguei na mão dela e a puxei pra cima do carro que eu estava, a ajudei a pular o portão da delegacia e pulei logo em seguida. Perguntei o nome da garota, ela disse que era Daniela.
   Pedi pra Daniela andar atrás de mim e fomos andando com cuidado pelo jardim da delegacia...
(continua...)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

[ 15 ]

No desespero...
... Eu corri pra bomba de gasolina, que por sorte havia gasolina, e coloquei no carro pra deixar abastecendo. Peguei o pé-de-cabra na traseira do carro e esperei os zumbis chegar mais perto pra sempre proteger o perímetro do posto, porque não podia deixar minhas coisas pra trás. Eram quatorze zumbis no total. Todos pareciam recém transformados e um deles parecia que estava em decomposição, havia homens, mulheres e duas crianças.

 O que chegou primeiro em mim foi um zumbi que parecia ser jovem, e eu acertei a cabeça dele com o pé-de-cabra fazendo com que ela caísse pra trás. O segundo zumbi era uma das crianças, uma menina que estava com um vestido de festa, dei um chute no meio do rosto dela fazendo com que ela também caísse. Notei que os zumbis mais jovens eram mais velozes. Olhei para o zumbi que estava em decomposição e mirei minha arma pra cara dele e fiz um disparo que não acertou diretamente o cérebro, pegou mais em baixo fazendo o maxilar dele se descolar da cabeça, cravei o pé-de-cabra na cabeça de uma mulher zumbi que estava perto e atirei novamente contra a cabeça do tal zumbi ‘‘boladão’’, acertando em cheio sua testa fazendo jorrar sangue a metros de distância. Recolhi o pé de cabra do zumbi no chão e continuei lutando com eles até eu perceber que a gasolina estava transbordando do tanque do carro. Disparei o ultimo tiro que eu tinha na arma contra o ombro de um garotinho ’’zumbizinho’’. Corri para o carro e dei um empurrão em um zumbi que estava perto do carro e entrei. Fechei os vidros e liguei o carro pensando:_’’Liga seu maldito carro, não vá fazer que nem nos filmes’’. A sorte minha era que não era um filme e o carro ligou de primeira, acelerei o carro, derrapando de um jeito que eu nunca tinha feito na minha vida ...

(continua...)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

[ 14 ]

   Com tudo pronto pra partir e talvez nunca mais voltar, eu desci as escadas da minha casa, retirei a cadeira que segurava a porta e a abri. Saindo na calçada eu notei que os zumbis que estavam no fim da rua estavam descendo. Precisava ser rápido ao sair com o carro da garagem. Fui abrindo o portão da garagem da minha tia e olhando pra dentro pra ver se não havia nenhum zumbi perto pra me atacar. Fechei o atrás de mim e fui subindo a rampa que levava aos carros. O corpo do zumbi gordo ainda estava lá imóvel, terminei de subir e fui até o carro que eu tinha a chave. Tudo estava calmo lá dentro do quintal mas eu ainda tinha que abrir o portão com aqueles zumbis na rua. Coloquei a mochila no banco carona e liguei o carro, deixei engatado pra sair e corri pra abrir o portão. Abri o portão e olhei pra rua, aqueles zumbis estavam bem perto da casa e eu tive a ligeira impressão que eles me viram. Corri para o carro novamente e acelerei com tudo, atropelando o gordo no chão que fez um barulho de saco de carne podre estourando. Quando virei e cheguei na direção do portão, os zumbis que estavam na rua estavam subindo a rampa. Olhei pra trás e vi que tinha espaço pra dar ré, andei com o carro um pouco pra trás e pisei fundo no acelerador, com a velocidade que estava eu atropelei os três zumbis que estavam na frente fazendo com que eles voassem bem longe. Um deles se espatifou no pára-brisa fazendo com que rachasse. Já na rua, eu terminei de quebrar o vidro e segui o meu caminho deixando pra trás o meu passado e pronto pra enfrentar esse cruel futuro.
     Peguei o caminho mais curto pra delegacia e tudo que eu via no caminho era destruição, gente morta no chão, zumbis caminhando pra lá e pra cá.

 Parecia que o governo, exército, polícia, todos tinham nos abandonado ali para morrer.

 Eu ia passando perto de um posto de gasolina no bairro Retiro e decidi tentar abastecer. Parei perto de uma das bombas, olhei o movimento pra ver se não tinha nenhum zumbi por ali e saí do carro. Fiquei muito curioso em ver a porta de vidro da loja de conveniência aberta. Fui andando bem devagar com a minha arma na mão em direção da porta de vidro. Chegando perto eu consegui ver uma pessoa de quatro no chão, quando eu ia chamar pra ver se estava tudo bem eu consegui ver o que se tratava. Era um zumbi comendo um corpo de uma pessoa ali dentro da loja. Foi assustador. Fui andando pra trás e chutei uma maldita lata de óleo vazia, fazendo um barulho irritante de metal.

 O zumbi lá dentro ouviu o barulho e foi se levantando. Eu me desesperei e me escondi atrás de um barril que tinha perto da porta. O zumbi saiu com aquela a aparência podre e fétida pela porta e foi andando em direção ao meu carro. Eu me levantei muito decidido em acabar com aquele ‘‘cara’’,peguei minha faca e fui quase agachado pelas costas do nojento, preparei o meu golpe que ia ser bem na cabeça, mas a minha falta de prática fez com que eu errasse o centro da cabeça e acertasse o pescoço dele. _‘‘BOSTA!’’(eu disse na hora). A faca ficou cravada nele que se virou e olhou pra mim com aquele olhar de fome e ódio. Quando ele veio andando na minha direção eu olhei para os lados e vi que haviam outros zumbis vindo na direção do posto de gasolina. Um total de talvez uns quinze. Pensei comigo mesmo _’’AGORA FUDEU!’’. Peguei minha arma, mirei na testa do desgraçado que estava na minha frente e dei um disparo que fez com que os miolos do zumbi fossem parar no meio da rua.
    No desespero...
(continua...)  
...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

[ 13 ]

...
Entrei no carro e o liguei pra ver o nível de gasolina, que estava quase acabando. Pensei em passar em algum posto de gasolina no caminh pro DP, desliguei o carro e saí. No quintal eu fiquei curioso em ver se o braço era da minha prima mesmo. Eu estava chocado com aquilo tudo, porque a pouco tempo atrás eu vi todo mundo bem ali. Fui em direção a porta da casa da minha prima e só cheguei com o rosto na entrada. O que eu vi foi uma cena muito perturbadora, minha prima estava no chão d sala com o rosto todo desfigurado e sem um dos braços. Aquilo foi muito chocante naquele momento mas já estava me acostumando de ver esse tipo de chacina. O cheiro de podre estava muito forte ali naquela casa e eu saí dali muito enjoado. Eu ainda tinha algumas coisas pra pegar na minha casa antes de sair, e eu também estava com muita fome e curioso pra saber o que estava passando na tv. Fui até o portão da garagem e o abri devagar e olhando para os lados porque nunca se sabe quando uma daquelas criaturas pode atacar. Fechei o portão e fui até o portão da minha casa, olhei para o fim da rua e vi alguns zumbis(uns 4)parados perto de uma casa bem longe. Não fiquei muito ali na calçada não ‘‘porque não queria dar mole pra zumbi né’’. Abri o portão da minha casa entrei e coloquei a cadeira na porta. Já lá em cima, eu preparei algo pra comer e sentei na frente da tv pra ver se havia alguma novidade, e nada, parece que estava todos os canais fora do ar. Depois de comer e arrumar tudo, carreguei a minha arma e coloquei as outras balas na mochila. Pensei que seria um caminho fácil por que a delegacia era bem perto da minha casa.
(continua...)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

[ 12 ]

  ... Eu passei novamente por cima do corpo do meu tio e fui em direção a cozinha muito apreensivo. Quando eu estava passando perto da mesa que estava tombada no chão a eu ouvi um som de algo borbulhando atrás da mesa. Fui verificar porque quando eu passei por ali a primeira vez nem fui verificar todos os cantos.

 Quando olhei, tomei um susto porque era a minha Avó de oitenta e poucos anos deitada de barriga pra cima soltando sangue pela boca como se tivesse engasgada, ela tossia muito que chegava a jorrar sangue bem alto.

 Eu percebi umas feridas em seu braço e pescoço parecidas com mordidas, tentei não pensar em nada só estava querendo acabar com o seu sofrimento, olhei para o pé da mesa que era de madeira e o quebrei para utilizar como bastão. Eu nem esperei ela querer vir tentar me morder, fechei os olhos por um segundo e depois olhei pra ela, com muita força e fúria eu dei um golpe com o bastão na cabeça da minha Avó que rachou sua cabeça, espalhando miolos por todo o chão da cozinha.

 Naquela hora eu já estava conformado que teria que fazer esse tipo de coisa a todo momento depois daquele dia.
    Com o bastão em uma das mãos e com um pouco de raiva eu saí da casa indo em direção a garagem. Quando eu cheguei perto dos carros eu apertei o aparelho do alarme pra saber qual carro eu ia pegar. Apertei, a Saveiro do meu tio deu o sinal sonoro. Comemorei com um breve sorriso que durou apenas até eu ouvir a porta da casa da minha prima abrir com muita força. E eis que surge lá de dentro o marido gordo e nojento da minha prima com um braço decapitado em uma das mãos, e a boca cheia de sangue. Ele largou o braço que devia estar devorando, que certamente era da minha prima, fez um barulho muito estranho e veio andando pro meu lado. Dei uma olhada na parte traseira do carro e acho um pé de cabra, joguei o bastão no zumbi que parecia não sentir dor e segurei firme o pé de cabra. Tentei não ter medo daquela situação, mas tava difícil com aquele zumbi gordo vindo pro meu lado. Eu corri pra cima dele, armei meu ataque e dei um golpe certeiro na cabeça daquele miserável. Na hora eu ouvi o som na cabeça dele se espatifar por dentro. Ele caiu igual um ‘‘saco de bosta’’ fétida no chão. Eu ainda fiquei esperando parado perto do corpo pra ver se ele levantava, em vão, porque o zumbi gordo não se mexia mais. Respirei aliviado e fui ligar o carro ...
(continua...) 

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

[ 11 ]

   ...Depois que ela caiu, eu fui até o corpo dela e dei uma cutucada com o pé. Morreu mesmo, disse a mim mesmo. Olhei para o resto do quarto pra procurar alguma chave dos carros da garagem, procurei em uma cômoda mais pro canto, encontrei um chaveiro com uma chave e o aparelho do alarme em uma caixa de jóias. Foi muita sorte eu achar essa chave de primeira, mas minha sorte estava brincando comigo porque logo quando eu ia sair do quarto, ouvi um barulho de vidro quebrando na cozinha. Dei uma olhada na arma e notei que não tinha mais balas, gastei tudo na minha tia morta e o resto das balas estavam na minha casa. Lembrei da faca na minha mochila, mas eu olhei pro meu sobrinho que tinha uma faca cravada na cabeça. Fui até o pequeno corpo e peguei na faca e tentei puxar mas não consegui tirar, quando notei uma presença na porta, era o meu tio, ali parado com o pescoço de lado e aquele olhar demoníaco, ele deu um berro muito assustador e veio pra cima de mim e a única reação que eu tive foi pisar na cabeça do meu sobrinho no chão(que por sinal destruí o crânio dele)e puxei a faca. Me levantei e fui pra cima do meu tio, mas, antes do meu golpe o zumbi agarrou meu braço e tentou me morder, eu fiquei ali lutando pra me soltar dele. Naquela luta, no desespero eu consegui cravar a faca no pescoço dele que fez jorrar muito sangue podre em minhas mãos e camisa, foi quando ele me soltou e eu dei um passo pra trás e mirei no olho dele, foi um golpe só, acertei bem no olho esquerdo dele e fiz mais uma força pra faca entrar inteira na cabeça.

 Larguei a faca e o zumbi parecia estar desorientado, ele babou muito sangue e caiu duro pra trás, bem na porta do quarto. Ofegante, eu escorei na parede e respirei, porque esses zumbis possuem uma força muito grande.
   Depois do susto, eu estava fedendo com aquele cheiro de sangue podre e escurecido. Saí do quarto passando por cima do corpo do meu tio e fui em direção ao banheiro. Lá no banheiro eu olhei pro espelho e pensei no que me espera no mundo lá fora e as dificuldades que virão e que eu não podia fraquejar e nem dar mole senão viraria comida de zumbi.

 Lavei as mãos e tirei a camisa de cima que estava imunda de sangue.
     Saindo do banheiro...
(continua...)
  

domingo, 4 de setembro de 2011

[ 10 ]


...
   Notei uma mancha de cor vermelha escura como se algo tivesse se arrastado por ali que começava no portão e essa mancha subia uma rampinha e fazia a curva pra casa da minha prima que também morava no mesmo quintal. Não me liguei muito naquilo, e segui em frente, fui ao primeiro carro olhei pela janela e não tinha a chave, fui ver o segundo e com muito cuidado olhei pela janela e nada de chave naquele também. Eu notei que as janelas estavam fechadas e portas também, tive a esperança que ainda tivesse alguém vivo dentro da casa da minha tia. Fui andando em direção a primeira janela da casa, tentei olhar pra dentro, mas, as cortinas estavam fechadas fui andando em direção a porta, ela estava encostada, entrei na casa e fui andando e vi a mesa da cozinha tombada, na mesma hora pensei que algo muito horrível aconteceu ali. Fui andando em direção aos quartos que também havia um rastro de sangue no piso que ia até a porta do quarto da minha tia. Fui chegando perto da porta e lá dentro estava no Chão o corpo da minha tia todo ensangüentado e comido e no outro canto o corpo do meu primo de sete anos com uma faca de cozinha cravada na cabeça. Na hora fiquei muito chocado com a cena e cheguei bem perto,  mas nem deu tempo de lamentar, por que o corpo da minha tia estava começando a se mexer, parecia um ataque epilético, ela fazia um ruído estranho como se quisesse gritar. Eu fui até o corpo dela e dizia pra ela se acalmar sem saber se ela tava viva ou morta. Foi quando reparei nos olhos dela, vi que estava todo fosco e acinzentado.

 Fiquei de pé dei uns passos pra traz e apontei minha arma e lembrei do que aquele homem da padaria me disse sobre qualquer pessoa infectada tem que ser eliminada. Nesse momento ela se levantou lentamente, olhou pra mim por um tempo, e eu me afastei mais uns passos, quando ela deu um grunhido feroz e partiu pra cima de mim. Não pensei duas vezes, fiz 5 disparos pra cima dela e ela caiu sobre a cama se retorcendo, mais não foi o suficiente, ela foi se levantando novamente. A única coisa que estava na minha cabeça era ‘‘DESTRUA O CÉREBRO’’. Dei mais um disparo no meio da cara dela que destruiu todo seu rosto. E ela caiu com força no chão e não se mexia mais.

  Uau!! Matei minha tia. Foi até fácil, eu mão gostava muito dela mesmo.
(continua...)